O artesanato faz parte da história da humanidade desde o período pré-histórico em que o homem começou a expressar a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho. A Revolução Industrial abalou o trabalho artesanal, mas ele seguiu como tradição, representando culturas e incentivando talentos. Inclusive esse é um ponto pelo qual muitas pessoas iniciam nesta atividade.
Frequentemente profissionais do artesanato nos relatam como essa atividade transformou suas vidas. Gracilene Couto, do ateliê Mimo de Caixa conta que viu seu talento para o artesanato despertar após os 50 anos: “O artesanato abriu muitas portas na minha vida num momento extremamente delicado, que é a chegada da meia idade e tudo o que vem junto: menopausa e ninho vazio”.
Ela conta que o artesanato se tornou uma fonte de renda, de forma despretensiosa. Isso porque ela criou um perfil no Instagram para que sua irmã, que fazia cartonagem, pudesse vender suas caixas. Mas começaram a surgir pedidos personalizados que a irmã não tinha intenção de fazer e foi aí que Gracilene viu uma oportunidade de ela própria começar a produzir este material. Passou a pesquisar formas, técnicas e materiais, descobrindo assim seu talento para o artesanato. Hoje ela se diz satisfeita com o rumo que as coisas tomaram. “Minha intenção é futuramente deixar meu trabalho de assistente contábil e trabalhar apenas com cartonagem. É um projeto que quero pôr em prática, pois é complicado unir os dois”, destaca.
Já para Neidinha Carvalho, a paixão pelo artesanato começou na adolescência, quando fazia cursos de bordados, em que era a mais jovem da turma. De lá pra cá realizou diversas outras atividades até se encontrar na cartonagem. “Trabalhava com personalizados para festa e
recebi um lote de papelão cinza por engano de um fornecedor, que pude utiliza em uma encomenda de caixas e foi perfeito! Surgiu nesse instante uma nova forma de fazer cartonagem”. Ela conta que desenvolveu uma técnica que une o corte do papel de revestimento na plotter sob medida.
Hoje ela ensina essa técnica em seus cursos, pelos quais já formou mais de 800 alunas. Formada em Pedagogia, ela deixou de dar aulas na educação básica para se dedicar ao artesanato. “Não foi uma decisão fácil, mas hoje sinto um orgulho imenso em produzir e em ver o resultado de minhas alunas. Quando elas dizem: Fui eu que fiz! Me emociono sempre e sigo amando demais o que o artesanato pode fazer por nossas vidas. Renda, terapia, transformação… satisfação, orgulho… é muito mais profundo do que muitos imaginam”, afirma Neidinha.
E você, também já despertou seus talentos para o artesanato? Usar a criatividade, desenvolver um projeto, cuidar dos detalhes e concluir um trabalho feito totalmente de forma manual, traz satisfação pessoal, além de ser uma ótima fonte de renda. Deixe o artesanato transformar a sua vida também!
